Segundo o estudo “Consumer Food Service in Portugal” (Euromonitor, maio de 2016) a restauração apresentou em 2015 uma crescente melhoria, acompanhando a tendência de 2014. Este estudo revelou que os restaurantes investiram numa oferta melhorada, novos menus e qualidade dos serviços para continuarem competitivos face aos exigentes consumidores. Tendências como «produzido localmente» e «gourmet» foram alavancadas pelas diferentes categorias, desde a fast food até aos restaurantes de serviço completo. A introdução de novos produtos nos menus será para continuar como estratégia importante para atrair consumidores.
Depois do declínio dos últimos anos, 2015 foi considerado um dos melhores anos para a restauração. O crescente número de turistas também ajudaram ao crescimento dos restaurantes, com a tendência para o turismo procurar a restauração mais típica. Ao mesmo tempo, a popularidade da comida japonesa continuo a crescer.
Em resumo, se o cenário económico positivo se materializar com o crescimento do PIB e o decréscimo do desemprego, a procura pela restauração tem tendência para aumentar, com os consumidores procurarem comer fora mais vezes e preferirem conceitos com menus inovadores. A tecnologia faz parte integrante do crescimento das estratégias de negócio dos restaurantes. A consultoria Euromonitor revela que não se espera que a redução do IVA para 13% possa ter um impacto no final.
Dados publicados no estudo “Portugal Restaurantes” pela Informa D&B, revelam que o volume de negócios no setor da restauração encontra-se nos 3600 milhões de euros em 2014, representando um aumento de 1,1% face a 2013, ano em que se tinha verificado uma quebra de 6,3%. Recordamos que entre 2008 e 2013 o setor da restauração perdeu 32% do seu valor devido ao forte corte da despesa das famílias e das empresas nacionais e à intensa concorrência em preços existente no setor. Em 2013 operavam em Portugal 28.294 empresas gestoras de estabelecimentos de restauração, cerca de menos 3.000 do que as existentes em 2008. Estas empresas geraram um volume de emprego de cerca de 113.000 trabalhadores em 2012, com uma média de 4 empregados por empresa.
Por regiões, Lisboa concentra o maior número de operadores, com cerca de 30% do total, seguida pelas zonas Norte e Centro, com 26% e 19% respetivamente. No Algarve, localizam-se 13% do número total das empresas gestoras. Os cinco principais operadores do setor por volume de negócios detinham em 2014 uma quota de mercado conjunta de 9%, enquanto a quota dos dez principais se situava nos 12%. No mercado de comida rápida, a concentração é superior, detendo as suas cinco principais empresas uma participação de 43% (Informa DB, 2015).
De acordo com os dados do INE, nos Setores da Restauração e Bebidas e da Hotelaria no final do 1º trimestre de 2016 registavam-se 254,4 mil postos de trabalho, uma variação homóloga positiva de 5.300 postos de trabalho (2,1%).
Fontes:
“Consumer Foodservice in Portugal”, Euromonitor, 2015 e 2016
“Portugal Restaurantes”, Informa DB, 2015