O INE revelou os dados turísticos do primeiro semestre e o número de turistas superou os 8,5 milhões e os proveitos operacionais aumentaram 15%.
Em junho de 2016, os estabelecimentos hoteleiros registaram 1,9 milhões de hóspedes e 5,5 milhões de dormidas, resultados que se traduziram em aumentos de 10,3% e 9,6% respetivamente (+5,7% e +8,5% em maio). No primeiro semestre do ano, o crescimento dos hóspedes fixou-se em 10,8% e o das dormidas em 11,2%. Em termos de dormidas destacaram-se os aumentos das pousadas (+13,8%) e dos hotéis (+12,0%). Verifica-se que as unidades hoteleiras de quatro estrelas (49,3%) obtiveram um aumento de 13,6%.
Principais mercados emissores
O mercado interno originou 1,5 milhões de dormidas (+7,3%), contrariando o resultado do mês anterior (-1,3%). Os mercados externos desaceleraram ligeiramente (de +11,7% em maio para +10,5% em junho), correspondendo a cerca de 4 milhões de dormidas.
No período de janeiro a junho, registaram-se acréscimos de 7,9% nas dormidas de residentes e 12,4% nas de não residentes. Os treze principais mercados emissores evidenciaram uma evolução globalmente positiva, que se refletiu no aumento do seu peso relativo (87,8% face a 86,8% em junho de 2015).
O Reino Unido (+9,5% de dormidas correspondendo a 27,7% do total) desacelerou face aos últimos meses (+13,3% em maio e +15,5% em abril).
O mercado alemão (+9,9%) também desacelerou relativamente ao mês anterior (+14,5%) e ao acumulado de janeiro a junho (+10,5%). O seu peso relativo foi de 13,3%. A França registou o maior acréscimo do grupo dos principais mercados (+24,8%), correspondendo a 11,1% das dormidas de não residentes. No primeiro semestre a evolução deste mercado foi também expressiva (+18,7%).
O mercado espanhol (7,5% do total) cresceu 8,5%, menos que em maio (+12,6%). Os Países Baixos aumentaram as dormidas dos seus residentes (+16,8% face a +12,7% no mês anterior), a que correspondeu uma quota de 6,4%.
Dos restantes sobressaíram a Polónia (+18,9%), os Estados Unidos (+18,8%) e a Itália (+16,3%), mercado que evidenciou uma notável recuperação (-0,4% em maio). O Brasil apresentou evolução positiva (+2,8%), contrariando a tendência decrescente que se vinha verificando há dez meses consecutivos. No primeiro semestre este mercado apresentou ainda resultados negativos (-4,8%).
Dormidas aumentam no Norte e Açores
As dormidas aumentaram em todas as regiões, com maior impacto no Norte (+15,1%), R. A. Açores (+14,1%) e Alentejo (+14,0%). Lisboa e Algarve registaram os menores crescimentos de dormidas (+4,8% e +8,9%), sendo contudo as de maior procura (39,5% das dormidas totais no Algarve e 21,7% em Lisboa). Os principais destinos dos residentes foram o Algarve (32,2% do total), Lisboa (17,8%) e Norte (17,6%). O Algarve concentrou 42,3% das dormidas de não residentes, Lisboa 23,1% e R. A. Madeira 15,4%.
A taxa líquida de ocupação-cama foi 57,5%, com um aumento de 2,7 p.p., que superou o do mês anterior (+1,9 p.p.). No período de janeiro a junho a taxa de ocupação fixou-se em 43,1% (+2,7 p.p.).
Proveitos totais aumentam 15%
Os proveitos totais fixaram-se em 294,2 milhões de euros e os de aposento em 212,0 milhões de euros, correspondendo a acréscimos de 15,2% e 15,5%, respetivamente. A evolução dos proveitos totais está em linha com o mês anterior (+15,8%), mas os de aposento desaceleraram (+17,9% em maio). Os resultados do primeiro semestre foram igualmente positivos (+16,5% de proveitos totais e +17,6% de proveitos de aposento). O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 49,9 euros (+11,1%). As regiões com maior rentabilidade média por quarto disponível foram Lisboa (69,9 €), Algarve (57,3 €) e R. A. Madeira (50,7 €). A evolução foi globalmente positiva, com maior impacto no Alentejo (+19,4%), Açores (+18,2%) e Norte (+17,8%).
Fonte: www.ine.pt, 16 de agosto de 2016