De acordo com os dados finais do INE, 2017 confirmou-se como um ano fantástico para o turismo em Portugal, sendo que, foram registados mais de 24 milhões de hóspedes que geram receitas superiores a 3,7 mil milhões de euros no alojamento.
O alojamento turístico em Portugal registou, em 2017, 24,1 milhões de hóspedes e 65,8 milhões de dormidas, um crescimento de 12,9% e 10,8%, respetivamente, face a 2016. Os proveitos tiveram também crescimentos significativos: proveitos totais aumentaram 18,6% e os proveitos de aposento +20,9%.
No segmento dos estabelecimentos hoteleiros registou-se 19,8 milhões de hóspedes (+10,1% do que em 2016) e 55,7 milhões de dormidas (+8,4%). As dormidas de residentes (15 milhões) desaceleraram ligeiramente: em 2017 as dormidas de residentes subiram 5,4%, em oposição a 2016, que cresceram 6,3%. As dormidas de não residentes (40,7 milhões) aumentaram 9,6%, o que representa uma subida igualmente inferior do que a registada em 2016 (+12,1%).
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) na hotelaria foi de 51,7 euros (+15,8%).
Relativamente à procura turística dos residentes, realizaram-se 21,2 milhões de viagens turísticas, um aumento de 5%. As viagens de lazer, recreio ou férias representaram 45,2% do total.
Principais mercados
O mercado interno gerou 18,8 milhões de dormidas, correspondendo a 28,5% do total. Também os mercados externos apresentaram um crescimento (+12,2%), atingindo os 47,1 milhões de dormidas.
O principal mercado emissor foi o Reino Unido (20,9% do total de dormida de não residentes) o que foi um aumento de 2,8%. O mercado alemão representou 13,8% do total, tendo crescido 11,3%. O mercado francês e espanhol também cresceram 5,2% e 7%, respetivamente.
As dormidas nas regiões evoluíram positivamente, com crescimentos mais acentuados para os Açores (+20,6%) e Centro (+19,9%). O Algarve manteve-se o principal destino (30,7% das dormidas totais), seguido por Lisboa (25,4%).
Tipologia de alojamento
A Hotelaria alojou 19,8 milhões de hóspedes, originando 55,7 milhões de dormidas (aumentos de 10,1% e 8,4%, respetivamente). Ainda assim, estes aumentos foram inferiores aos verificados em 2016, +10,3% e 10,4%, pela mesma ordem. Os hotéis asseguraram 71,5% das dormidas na hotelaria, seguidos pelos hotéis-apartamentos (13,9%). A estada média na hotelaria foi de 2,82 noites e caiu 1,5%. A taxa líquida de ocupação-cama na hotelaria foi 52,9%. Os proveitos totais na hotelaria ascenderam a 3,3 mil milhões de euros (+17,7%) e os proveitos de aposento 2,4 mil milhões de euros (+19,6%), aumentos semelhantes aos verificados em 2016.
Os hotéis asseguraram 71,5% das dormidas na hotelaria, seguindo-se os hotéis-apartamentos (13,9%). A estada média na hotelaria foi 2,82 noites e reduziu-se 1,5%. A taxa líquida de ocupação-cama na hotelaria foi 52,9% (+2,7 p.p. face a 2016).
Os proveitos totais na hotelaria ascenderam a 3,3 mil milhões de euros (+17,7%) e os de aposento a 2,4 mil milhões de euros (+19,6%), evoluções semelhantes às verificadas no ano anterior (+17,9% e +18,9%, respetivamente).
Segundo o Inquérito às Deslocações dos Residentes, em 2017 verificou-se que 4,58 milhões de residentes em Portugal efetuaram pelo menos uma deslocação com dormida fora do seu ambiente habitual, ou seja, o correspondente a 44,5% da população residente (44,1% em 2016).
Em 2017 “lazer, recreio ou férias” foi a principal motivação para viajar, justificando 9,6 milhões de viagens (45,2% do total, +1,4 p.p.). Seguiu-se a “visita a familiares ou amigos”, com 9,3 milhões de viagens (44,0%, -0,1 p.p.) e os motivos “profissionais ou de negócios” (1,5 milhões), com 7,1% do total (-1,1 p.p.).
As viagens turísticas realizadas pelos residentes em 2017 geraram mais de 85,4 milhões de dormidas, a que correspondeu um acréscimo de 4,6% face a 2016. O “alojamento fornecido gratuitamente por familiares ou amigos” reuniu 39,6 milhões de dormidas, ou seja 46,4% do total (45,6% em 2016), tendo sido o preferido quer nas viagens realizadas para o estrangeiro (40,9%) quer nas deslocações domésticas (47,7%)
Fonte: INE