Em 2018, Portugal recebeu mais de 21 milhões de turistas, nacionais e estrangeiros, o que se traduz num crescimento de 1,7% face ao ano anterior.
Para esta subida contribuiu o aumento de 3,9% de portugueses que decidiram ser turistas e explorar o seu próprio país, num total de 8,3 milhões de pessoas.
Quanto aos visitantes estrangeiros a subida foi mais tímida, apenas de 0,4% face a 2017, sendo apenas suficiente para marcar um novo recorde, totalizando os 12,8 milhões de turistas.
Assim, apesar do novo recorde, 2018 apresentou um abrandamento da procura externa, já que 2017 registou uma subida de 12% face a 2016.
Em termos de regiões, no caso do turismo interno, o Algarve registou o maior crescimento (9,9%).
Quanto ao turismo externo, registaram-se quedas no Algarve, Madeira, Açores e Centro.
As dormidas e a estada média de não residentes também diminuíram (-2% e -2,4%, respetivamente), ao contrário dos números registados pelos turistas residentes (+5% nas dormidas e +1,1% na estada média).
Segundo o INE, segundo a evolução das dormidas nos últimos 10 anos (2008-2018), as dormidas de residentes cresceram 28,2%, ao passo que as de não residentes aumentaram 56,1%.
Deste modo, ainda que em 2018 o mercado externo tenha abrandado, é notória a sua importância para o turismo em Portugal.
Apesar das quedas nas dormidas e estadas médias de turistas estrangeiros, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) continua a evoluir, ainda que a evolução não seja tão acentuada como em 2017: em 2018 superou os 3,6 milhões de euros, mais 6% do que o ano anterior, mas em 2017 os proveitos totais tinham crescido 16,8% face a 2016.
Relativamente aos mercados externos, a queda do mercado britânico era expectável e veio a confirmar-se, diminuindo 7,5%, perdendo quota de mercado mas continuando a ser o mais relevante para Portugal.
O mercado alemão (segundo maior) também diminuiu (-4,3%), assim como o francês (-2,7%).
Espanhóis, brasileiros e norte-americanos registaram os maiores aumentos no número de dormidas, amparando as restantes quedas (+1,9%, +9,4% e +19,9%, pela mesma ordem).
Fonte: Jornal de Negócios