De acordo com o mais recente estudo realizado pela Universidade do Algarve sobre o perfil do turista que visita a região , 98% dos turistas estão satisfeitos com o Algarve.
O Algarve é a principal região turística do país, com um fluxo de dormidas de 17 milhões em 2015, e 119 mil camas no alojamento tradicional, a região absorve mais de 30% da oferta e da procura. O primeiro dado importante dá a conhecer que o arrendamento reprsenta 47%.
Os turistas residenciais permanecem, em média, 12,6 dias na região, sendo que a grande maioria já conhecia o Algarve (87%). Para além da casa própria, utilizam também o arrendamento privado (47%) que é reservado maioritariamente online (61%), no Booking.com (23%) ou no AirBnb (28%), sugerindo que cada vez mais o alojamento local ganha consistência e quota de mercado.
A praia (47%) é o principal fator de atração, numas férias onde o desporto (6%) e relaxar (10%) também prevalecem. Turistas que viajam com regularidade (2 ou mais vezes por ano, 54%), durante o verão (63%) ou em qualquer outra época (30%), para zonas costeiras (85%), baseiam as suas escolhas nas recomendações de familiares e amigos (21%), na experiência que o hábito de visita para sul lhes confere (22%) ou em pesquisas online (15%).
Os municípios mais procurados para os turistas tradicionais são: Albufeira (42%), Loulé (12%) e Portimão (12%). Já os turistas residenciais mostram mais interesse por Faro (7%), Lagos (8%), Silves (7%) e Tavira (7%).
Os turistas gastam em média por dia 136 euros, valor este que se traduz numa receita média por turista de 1400 euros, montante que simboliza a receita média que cada turista gera.
Os turistas que visitam o Algarve com casa própria no Algarve representam 27% do total de turistas, tendo em conta as intenções dos turistas tradicionais (8%) e dos residenciais que por usam a casa de familiares e amigos ou arrendamentos privados (13%). Pode antecipar-se que no futuro o turismo residencial no Algarve ascenda a 48%. Sendo que é no Sotavento que o potencial de imobiliário é maior, curiosamente é em setembro/outubro que o potencial é maior.
TURISTAS TRADICIONAIS
Os turistas tradicionais são: jovens (menos de 30 anos – 18%), ou entre os 30 e os 44 anos 34%, ou mais seniores 45-54 anos (24%). Solteiros (23%) ou casados (73%) possuem um nível de educação que varia entre o secundário completo (31%) ou o superior (66%), trabalham por conta de outrem (65%) ou por conta própria (16%) com rendimentos inferiores a 3000 €/mês (56%), ou superior a 3000 €/mês (34%), outros ainda preferiram não referir o seu rendimento (10%) sugerindo uma capacidade financeira que não pretendem declarar por ser superior à media. O turismo tradicional é sobretudo proveniente de Portugal (21%), Reino Unido (25%) e Alemanha (11%), enquanto o turismo residencial alberga nacionais (42%), britânicos (19%) e franceses (8%). O turista tradicional aloja-se preferencialmente em hotéis (54%) ou resorts turísticos (30%) ou até em parques de campismo (10%). O regime de só dormida (44%) e a APA (35%) são os mais procurados, fruto dum modelo mais americano de exploração dos hotéis que cobram o pequeno-almoço à parte.
TURISTAS RESIDENCIAIS
São adultos (30-44 anos – 38%, 45-54 23%), próximos da idade da reforma (55-64 anos – 13%). Solteiros (22%) ou casados (74%) possuem um nível de educação que varia entre o secundário completo (34%) ou o superior (61%), trabalham por conta de outrem (63%) ou por conta própria (15%), outros são reformados (13%). Com rendimentos inferiores a 3000 euros/mês (58%), ou superior a 3000 euros/mês (28%), outros ainda preferiram não referir o seu rendimento (14%) sugerindo uma capacidade financeira que não pretendem declarar por ser superior à média.
O relatório completo pode ser acedido aqui.