Dados do INE revelam evolução do investimento empresarial de 1,9% em 2018, menos 5,1% do que o perspetivado para esse ano. Para 2019, a previsão é um crescimento de 4,4% devido sobretudo ao contributo de empresas de 4º e 2º escalão.
Serão principalmente as empresas de maior dimensão a dinamizar o crescimento do investimento empresarial.
De acordo com o INE, as empresas de 4º escalão (500 ou mais pessoas ao serviço) contribuem com um aumento de 6,9% e as de 2º escalão (entre 50 e 249 pessoas ao serviço) com um aumento de 9,7% no investimento empresarial, destacando-se entre os setores o dos transportes e armazenagem e o do comércio por grosso e a retalho.
O indicador de difusão de investimento, ou seja, a percentagem de empresas que refere a realização de investimentos ou a intenção de investir, tem vindo a apresentar um perfil descendente situando-se em 89,4%, 80,2% e 77,9%, em 2017, 2018 e 2019, respetivamente.
As empresas identificam a deterioração das perspetivas de venda como o principal fator limitativo do investimento empresarial nos últimos dois anos, prevendo-se um aumento do peso relativo da insuficiência da capacidade de autofinanciamento e da deterioração das perspetivas de venda e uma redução do peso relativo da dificuldade em obter crédito bancário e da dificuldade em contratar pessoal qualificado”.
Para 2019, o investimento orientado para a racionalização e restruturação ganha mais peso, ao contrário do investimento associado à extensão da capacidade de produção e à substituição que deve diminui.
Apesar da diminuição de importância, o investimento de substituição é o objetivo mais referido para 2019.
No setor das Indústrias Transformadoras, e em particular para as empresas exportadoras, prevê-se que o investimento tenha aumentado 6,1% em 2018. Para 2019, a perspetiva é de diminuição de 2,3%.