Registou-se um novo recorde de candidaturas ao SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação & Desenvolvimento, anunciou esta segunda-feira, 16 de agosto, a Agência Nacional de Inovação (ANI).
Relativamente ao ano fiscal de 2020 o número de candidaturas ao SIFIDE aumentou em 38%, registando-se agora 3.283. Feitas as contas, as empresas declararam mais investimentos em atividades de investigação e desenvolvimento, num valor total de 1.558 milhões de euros, o que representa um aumento de 27% face ao ano fiscal anterior. Esse investimento corresponde a 8.010 projetos, mais 24% do que se havia registado o ano passado.
Uma das principais questões abordadas por Joana Mendoça, presidente da ANI, para enaltecer o sucesso do programa SIFIDE, é o facto de que em 2014 tinham-se registado 188 empresas a realizar atividades de investigação e desenvolvimento, envolvendo 417 doutorados, e que em 2020 esses números ascenderam a 470 empresas que contaram com a participação de 1.180 doutorados. Este crescimento representa um “aumento de 182% em recursos humanos altamente qualificados”, destaca Joana Mendoça.
A presidente da ANI refere ainda que com o programa SIFIDE, “uma empresa pode recuperar entre 0,39€ e 0,99€ por cada euro investido na remuneração de um doutorado”, significando isto que “a despesa associada a um doutorado apresentada ao SIFIDE é majorada em 20%”.
Foram identificadas, segundo refere a ANI, 680 empresas com atividades de investigação e desenvolvimento que não tinham submetido candidatura ao SIFIDE no ano de 2020. A Agência Nacional de Inovação enaltece ainda o crescimento do investimento declarado por parte de empresas com atividades em investigação e desenvolvimento desde 2017, facto este que reflete o “aumento do investimento das empresas no desenvolvimento de novos produtos e processos de base tecnológica”.
Sobre o SIFIDE:
O programa SIFIDE visa aumentar a competitividade das empresas apoiando o seu esforço em Investigação & Desenvolvimento através da dedução à coleta do IRC de uma percentagem das respetivas despesas de I&D (na parte não comparticipada a fundo perdido pelo Estado ou por Fundos Europeus).