Os primeiros concursos para a componente “Empresas 4.0” do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, destinam-se à transição digital para o setor do comércio e serão lançados até final do ano.
Foram assinados os contratos de financiamento da componente “Empresas 4.0” do Plano de Recuperação e Resiliência. Estes contratos assinados entre a Estrutura de Missão Recuperar Portugal e o IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação), disponibilizarão 650 milhões de euros a mais de 60 mil empresas para apostar na transição digital.
O investimento de 650 milhões será realizado até 2025 e focam-se em três pilares: capacitação, transição e catalisação. A Componente “Empresas 4.0” é gerida por um comité coordenado pelo IAPMEI e pela Portugal Digital e integra um total de 13 entidades públicas, responsáveis pela conceção, gestão e implementação das medidas.
Os primeiros concursos serão lançados já até ao final do presente ano e são destinados à transição digital no setor do comércio.
Entre as principais medidas já anunciadas, estão “o projeto Emprego Mais Digital 2025, que financiará: a Academia Portugal Digital com o diagnóstico de competências digitais a 800 mil pessoas; a capacitação em competências digitais de 200 mil trabalhadores; a criação de 25 aceleradoras de comércio digital, que apoiarão cerca de 30 mil Micro, Pequenas e Médias Empresas; um investimento de 125 milhões de euros no setor do empreendedorismo e a criação de 30 Test Beds”, como se pode ler neste comunicado publicado no site da República Portuguesa. Prevê-se ainda a criação de “16 Polos de Inovação Digital, que serão apresentados publicamente no próximo dia 30”.
Reforçar a digitalização das empresas e recuperar o atraso face ao processo de transição digital
No PRR, a componente “Empresas 4.0” é dirigida especificamente ao reforço de digitalização das empresas, tem como objetivo recuperar o atraso relativamente ao processo de transição digital, permitindo o acesso ao conhecimento e aos meios tecnológicos digitais que promovem: a modernização do trabalho e dos processos de produção; a desmaterialização dos fluxos de trabalho; a mitigação dos défices de competências na utilização das tecnologias digitais; abranger de forma equilibrada mulheres e homens; a incorporação de ferramentas e metodologias de teletrabalho; a criação de novos canais digitais de comercialização de produtos e serviços, a adoção de uma cultura de experimentação e inovação, o reforço do ecossistema de empreendedorismo nacional e a incorporação de tecnologias disruptivas nas suas propostas de valor das empresas.